Coro "Ver pela Arte"
O Grupo Coral "Ver pela Arte" foi fundado em 2014 por iniciativa da Maestrina Ivelina Kavrakova-Pereira, que se mantém como sua directora musical. O projecto surgiu no âmbito do programa "Ver pela Arte", coordenado pelo Centro Nacional de Cultura (CNC), com o objectivo de promover o ensino da música a pessoas cegas ou com baixa visão nas escolas do país. A proposta para a criação do grupo foi apresentada por Ivelina Kavrakova-Pereira e tornou-se o primeiro e único projecto aprovado e financiado pelo Programa Cidadania Activa da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a ACAPO.
Desde 2016, o grupo passou a estar directamente vinculado e apoiado pela ACAPO, mantendo a parceria com o CNC, no âmbito de um projecto cofinanciado pelo Programa de Financiamento a Projectos do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR).
Sob a direcção da maestrina búlgara Ivelina Kavrakova-Pereira, solista e maestrina com experiência no primeiro grupo coral profissional de pessoas cegas no mundo, o "Ver pela Arte" tem desenvolvido um repertório diversificado, abrangendo obras de compositores como Beethoven e Mozart, além de música religiosa, música portuguesa e temas tradicionais de diferentes culturas. As suas apresentações podem ser a capella, com acompanhamento ao piano ou com instrumentos de cordas.
O grupo tem-se apresentado em diversos concertos e eventos de relevo, incluindo actuações no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, no Teatro Tivoli, na Igreja de Nossa Senhora dos Capuchos e na Sala Tomás Borba, a convite da Academia de Amadores de Música. Participou ainda, a convite do INR, na iniciativa "Uma Pessoa, Um Cidadão", bem como na Festa dos Coros da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior e em vários concertos realizados no Algarve. Em Janeiro de 2023, realizou um Concerto de Dia de Reis no Centro Nacional de Cultura, e em Abril de 2024, apresentou-se em conjunto com o Grupo Coral da Universidade do Algarve na Igreja Matriz de Olhão.
Actualmente, o "Ver pela Arte" é constituído por mais de uma dezena de coralistas, incluindo 10 cantores cegos, 3 crianças e 2 normovisuais. O grupo tem vindo a afirmar-se como um exemplo de inclusão e excelência artística, demonstrando como a música pode ser um meio de superação e expressão para todos.